sábado, 18 de fevereiro de 2012

Dica de Livro

Sexta-feria pré carnaval, recebi uma mensagem de uma amiga que - coitada - estava  absolutamente entediada no aeroporto, lamentando por ter despachado seu livro e estar sem nada para ler naquela hora. Para resolver o problema, a solução mais óbvia foi dar uma passadinha na livaria da sala de embarque. Em questão de minutos, e com a ajuda do cartao de crédito (uma das melhores invensões do século), ela estaria com um novo título em mãos apreciando o bom hábito da leitura. EstaRIA...

Por que não dá para resolver? Qual o problema com a La Selva??? O mesmo que o de muuuuitas livrarias de hoje em dia:
1) os funcionários não fazem a mínima idéia do que estão vendendo (perdão, http://manualpraticodebonsmodosemlivrarias.blogspot.com/ nem todos são iguais a vc);
2) a qualidade dos títulos é de chorar.

Depois que J.P. (vou manter a identidade de minha amiga anônima somente pelo gostinho do suspense), lembrei q há um tempo, fotografei uma prateleria da La Selva - não por querer todos os livros q ali estavam, mas por revolta mesmo.


Da esquerda para direita: "Os segredos das mulhres inteligentes", "Os homens preferem mesmo as loiras", "O segredo das mulhres apaixonadas", "Jogue fora 50 coisas" (a começar por este livro, né?), "O Poder do charme" (do vendedor)...

Me explica quem está mais errado nesta história: os autores, que se propoem a escrever algo assim; as livrarias que não têm vergonha na cara ao oferecer uma porcaria destas; os leitores que compram isso, repentem a filosofia de buteco que é apresentada nos livros e ainda incentivam tanto as livrarias quantos os autores a produzem mais lixo??

De qualquer forma, deixo uma dica de livro para todos os leitores do blog: não despachem o seu!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Se eu fosse só carnaval

Se eu fosse só carnaval, algumas pessoas teriam dificuldades para me reconhecer. Como confete, pequenos pedaços de mim seriam pulverizados na multidão, sem destino certo, ao vento, sem a mínima possibilidade de voltarem para a mão de onde saíram.
No mEU carnaval, as conversas com pessoas conhecidas seriam mais íntimas, com troca de confidências e opiniões mais sinceras. Com estes, que há muito não vejo, seria capaz de retomar assuntos sem sentir meu rosto queimar de embaraço. Falar da infância, do presente e do que está por vir, sem nunca tocar no assunto “trabalho”. Demostraria alegria e afeto suficientes para transformar conhecidos em amigos.
Abraçaria meus queridos com mais entusiasmo e paixão, sem medo de parecer exagerada. Dispensaria momentos para dizer às pessoas que estão por perto que lembro delas – mesmo que elas não lembrem de mim, não importa.
Poderia ser identificada pela alegria, energia e sorriso.
Só me preocuparia em vestir o que há de mais confortável e carregaria o mínimo comigo – o limite dos bolsos e da memória seriam respeitados. Usaria fantasias – máscaras, não.
Um bigode não seria nunca um problema, especialmente se ele fosse feito com carinho, reciclável e engraçado. Chapéus do tamanho de um bambolê seriam fundamentais para trazer sombra ao rosto, me tornar ponto de referência na multidão ou o motivo da aproximação e/ou curiosidade de uma criança.
Deitar na cama? Só quando eu quisesse. O dia passaria sem nunca ouvir ou levantar a pergunta “que horas são?”.
Se eu fosse só carnaval, o bloco não pararia e todos saberiam tocar e dançar. A caminhada entre um ponto e outro seria ritmada.
Perco a conta pensando quantos assuntos, pessoas e momentos eu teria para sentir se eu fosse só carnaval – e nunca quaresma.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Coisa Fina

Será q vcs ja tiveram a sorte de conhecer o http://manualpraticodebonsmodosemlivrarias.blogspot.com/??
Vi uma pessoa comentando sobre ele no facebook e, atraída pelo título, entrei. Simplesmente adorei! Além do (mal) humor ácido, amei como nossa amiga da livraria fala dos momentos "OLHA....". Eles realmente não são incomuns no dia a dia das pessoas iluminadas por Deus, não é? Fiquei convicta disso na sexta passada, quando eu mesma presenciei um momento "olha...", digno de Manuais Práticos com estes olhos e ouvidos q a terra há de comer.

Eu estava sendo (bem) atendida pelo vendedor de Cds da Leitura - ele estava me mostrando um DVD do George Clinton, um dos grandes nomes da musica negra, gravado em um show no Festival de Montreaux - quando um sujeito de mais de 30 e menos de 40 anos perguntou ao vendedor:
- amigo, oq vc tem ai tipo Lounge?
- Lounge? Tipo oq vc gosta? Tem algum artista q vc prefere?
- Lounge... Para tocar uma festinha, tipo jantarzinho...
(silencio sem sinal de resposta por parte do vendedor)
- Um Lounge, mas eu quero coisa fina, cara!

...
Acho q se fosse eu, saceava e mostrava o CD do Kenny G pro sujeito. Coisa fina, ne?


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

time goes by...


Duas situações (em um mesmo dia) de que tempo é realmente relativo e q eu não tenho a mínima noção dele:

1)      Diálogo na padaria, logo de manhã:

(no caixa, vendo uma caixinha de coelhos de páscoa de chocolate)

Eu – nossa, já é Páscoa!

Caixa – pois é, não chegou nem a quaresma, mas já chegou a páscoa!

Eu – é resto do ano passado?

Caixa – Não. Isso chama “Capitalismo Salvagem”!



2)      Ontem, 02 de Fevereiro, ganhei um calendário de 2012. Hoje de manhã, percebi que deixei aberto na folha referente a Janeiro. Ps: o primeiro mês do ano já passou, filha...